(Pablo Martins e Paulo Pappen)
Eu com a minha cara de pau
Bem que eu poderia ser o tal
Dar notícia, cantar no jornal
Censurar, julgar o genial
Eu com a minha cara de mau
Bem que eu poderia ser igual
Mais um sócio do Internacional
Generalizar o marginal
Mas eu sou a puta que caiu depois pariu na contramão
Só que eu sou o bêbado que bebe do que baba do babão
E no entanto eu canto tanto quanto me permite a situação
Esse samba tido na batida bandida do violão
Eu com essa cara de povão
Bem que eu poderia ser o chão
Do desfile da televisão
Da operação do batalhão
Eu com essa pinta de boleiro
Bem que eu poderia ser o primeiro
Mas já me mandaram pro chuveiro
E depois mandaram o meu zagueiro
Porque eu sou o bêbado que bebe do que sabe do que é bom
Porque eu sou o filho lá da puta que morreu na contramão
E no entanto eu canto tanto quanto me permite a oposição
Esse samba ardido na batida dormida do coração
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